domingo, 15 de agosto de 2010

Viciados em Sexo


O termo “vício em sexo” é usado para descrever o comportamento de uma pessoa que tem obsessão incontrolável por sexo. As coisas relacionadas ao ato sexual em si e o pensar sobre sexo tendem a dominar o agir do viciado, o que determina a sua queda de rendimento no trabalho e o desgaste das suas relações sociais e familiares. Contudo, as conseqüências podem ser muito mais graves, porque dependendo dos comportamentos exibidos pelo viciado, a vida do doente pode sofrer profundas perdas, tais como emprego, casamento, filhos, carreira, liberdade, contaminação por doenças transmissíveis sexualmente (DST), ferimentos, morte e prisão.


Isto porque o vício em sexo implica necessariamente o desenvolvimento de identidade dupla, uma vida de fachada e uma outra de alto risco que envolve atividades ilegais tais como exibicionismo (nudez pública), trotes telefônicos obscenos, molestação e até estupro. Todavia, é importante ressaltar que não necessariamente todos os viciados em sexo incorrem em nos sintomas mais graves.

1- Masturbação compulsiva (auto-estimulação).
Apesar da masturbação ser incentivada por várias correntes da Psicologia, nem tudo é um mar de rosas neste assunto, já que muitas pessoas que se tornam vítimas da auto-estimulação erótica compulsiva experimentam intenso sofrimento psíquico, perdas afetivas, problemas de saúde... e até a morte. A masturbação excessiva pode causar câncer de próstata? Parece que sim. A masturbação compulsiva é tanto causadora quanto sintoma de vários distúrbios psíquicos. Pode causar incapacidade e desinteresse em iniciar e/ou manter um relacionamento normal. Influi de forma prejudicial em nossas faculdades mentais, em especial na nossa imaginação, afetando o intelecto e o emocional. Pode levar à outros comportamentos compulsivos que podem conduzir à degeneração da vida pessoal e profissional.

2- Comportamento sexual promíscuo com inúmeros parceiros, por vezes anônimos e casuais, cujos relacionamentos nem chegam a durar uma noite inteira.
É por aí que escorrem os casamentos e estabaca o rendimento no trabalho, o que acaba rendendo separações e demissões.

3- Consumo compulsivo de pornografia.
Horas e horas na frente do computador navegando em sites XXX são o suficiente para detonar a produtividade de qualquer um, viciado em sexo ou supostamente não. Este sintoma por si mesmo já é um sinal amarelo de alerta!

4- Prática de sexo inseguro.
AIDS, sífilis, herpes, papiloma vírus, hepatite e outras cobras e lagartos rondam permanentemente os viciados em sexo, por serem contumazes na prática de atos sem preservativos e precauções.

5- Uso abusivo de sexo virtual através de internet, telefone, Chat e serviços de encontros (Dating).
Quase todos os viciados acabam falindo e a razão é muito simples: os Chats e Datings custam dinheiro, muita grana que é queimada sem nenhum controle... no final do mês vem a conta.

6- Prostituição e procura compulsiva por mulheres/homens de programa.
Quando o viciado/viciada vende seus serviços, provavelmente não experimente uma falência básica, nos outros, a procura impulsiva por profissionais do sexo acaba acarretando grandes gastos financeiros... e DSTs gratuitas.

7- Exibicionismo.
É um sintoma que leva a apuros com a lei, já que os(as) exibicionistas são denunciados às autoridades. Enquanto isto, as exibicionistas teens do Orkut atraem milhares de visitas aos blogs de viciadinhos que apresentam o sintoma nº 8.

8- Voyerismo.
Voyerismo é a prática de espiar sub-repticiamente a nudez e atos sexuais alheios. Este sintoma pode trazer grandes dores de cabeça quando o voyeur é descoberto.

9- Assédio sexual.
Grande responsável pela perda do emprego. A prática de assédio costuma corroer as relações inter-pessoais nos ambientes corporativos.

10- Atentado violento ao pudor e estupro.
É um dos sintomas mais graves, que leva certamente à prisão e a processos criminais intermináveis. Digamos que este é o fim do poço, se é que isto seja pior do que pegar AIDS, ou levar tiros de Ricardões.


RELAÇÕES EMOTIVAS COM SATISFAÇÃO ZERO.
Geralmente o viciado em sexo obtém pouca ou nenhuma satisfação com seus parceiros, porque o após cada relação é invadido pelo sentimento de culpa e vergonha. O viciado não possui nenhum controle sobre seu comportamento, mesmo confrontado com perdas cada vez maiores, financeiras, de saúde, sociais e emocionais.


FORMAS DE TRATAMENTO.
Os viciados em sexo apresentam graves distorções de percepção ao racionalizarem e justificarem o problema em busca de desculpas para as suas ações. Enquanto se justificam sistematicamente, eles têm grande resistência às abordagens terapêuticas.

Enquanto o doente não admite o seu problema e a necessidade de ajuda especializada, qualquer tentativa de tratamento certamente apresentará resultados inócuos. As circunstâncias que normalmente forçam os viciados(as) são a aceitar a doença são a perda do emprego, casamento e eventuais envolvimentos com a polícia, o que pode acarretar a depressão.

Uma vez vencido o empecilho da aceitação do problema, torna-se possível empreender as próximas etapas que incluem noções de educação sexual, aconselhamento individual e terapia psicológica familiar. Há também a alternativa coadjuvante de participação em grupos de 12 passos dos Viciados Anônimos em Sexo. Em casos mais graves, o uso de medicamentos para o tratamento de distúrbios obsessivos compulsivos deve ser realizado diante da descoberta clínica das implicações por trás do vício sexual, que pode ser apenas um pano de fundo mascarador de desordens psíquicas mais graves. As medicações escolhidas são normalmente do grupo dos anti-depressivos, Prozac, ou Anafranil.

Infelizmente, por se tratar de transtornos obsessivos compulsivos que induzem os pacientes a comportamentos patológicos tais como pedofilia, zoofilia, necrofilia, coprofilia, etc., dificilmente alguém conseguirá sair sozinho do poço com reza braba, ou qualquer outro truque simplório de auto-ajuda.

A agravar o quadro de vício sexual, está o fato de que dificilmente a compulsão aparece sozinha, numa comprovação trágica de que a desgraça nunca vem desacompanhada:
42% dos pacientes também são dependentes químicos;
38% deles apresentam transtornos alimentares;
28% são trabalhadores compulsivos (Workholics);
26% são gastadores compulsivos;
5% são jogadores compulsivos.
Tais dados exemplificam o quanto é difícil para paciente superar o seu mal sozinho, já que normalmente a compulsão sexual faz parte de um quadro patológico muito maior.


FONTE