quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Análise do Evolucionismo - Parte 3 de 7

3- A VERDADEIRA ORIGEM DA TEORIA

Falando na órbita terrestre, é interessante lembrar que enquanto alguns filósofos gregos deduziram que a Terra é redonda e gira em torno do Sol, outros filósofos gregos foram taxativos em argumentar que o Sol e as estrelas é que giravam em torno da Terra imóvel. Infelizmente os defensores do geocentrismo prevaleceram. Quando a Igreja Católica Romana combateu Copérnico e Galileu, ela estava defendendo Aristóteles e não a Bíblia. O curioso é que alguns filósofos gregos também acreditavam geração espontânea da vida e em versões do evolucionismo. O mesmo Aristóteles que ensinou o geocentrismo também defendeu o evolucionismo. Aristóteles afirmou: “A natureza procede, pouco a pouco, de coisas sem vida, para a vida animal, de tal modo que é impossível determinar a linha exata de demarcação.”


E não foram apenas os gregos, diversos povos tinham mitos a respeito de como os humanos vieram de animais (um povo indígena acreditava que os humanos evoluíram das tartarugas). O evolucionismo é um conceito muito antigo que fez parte de diversas mitologias antigas. E esse mito antigo era de conhecimento geral no século 19. Antes de Charles Darwin, diversas pessoas tentaram apresentar teorias da evolução, incluindo o próprio avô de Darwin. Assim, a crença de que “Darwin de repente teve um insight que ninguém nunca jamais teve em toda a História da Humanidade” é totalmente falsa. A crença de que Darwin nunca tinha pensado antes no evolucionismo e que ele foi induzido a ter essa idéia pela primeira vez observando as evidências na sua famosa viagem também é falsa. Ele com certeza conhecia o que outros disseram e escreveram antes e os mitos antigos e pensou em formular uma teoria aceitável do evolucionismo.

E tem mais. Darwin cometeu o que os cientistas chamam de ANTROPORMOFISMO: enxergar na Natureza atitudes e motivações tipicamente humanos. Stephen J.Gould, professor de biologia na Universidade de Harvard, é citado como tendo dito: “O gradualismo filético foi uma suposição a priori desde o início — nunca foi ‘visto’ nas rochas; expressava as prevenções culturais e políticas do liberalismo do século dezenove.” Em outras palavras, o raciocínio de Darwin foi condicionado pela sociedade no meio da qual ele viveu. Karl Marx é citado como tendo dito: “É notável como Darwin identifica entre os animais e as plantas sua sociedade inglesa com suas divisões da classe operária, rivalidade, [e assim por diante].”

Não que Marx reprovasse Darwin. Ao contrário, Marx ficou fascinado com ele e disse: “O livro de Darwin é importante e me é de grande serventia como base científica natural para explicar a luta de classes na História”. O que Marx quis dizer é que Darwin observou na sociedade a progressividade, a competitividade e o domínio e exploração do mais apto sobre o menos apto e consciente ou inconscientemente projetou essas características na Natureza. Se Darwin fosse indiano, talvez projetasse o sistema de castas na Natureza. O que lembra que o hinduísmo ensina que os humanos surgiram de partes do corpo de um deus.

Darwin projetou na Natureza a progressividade, a competitividade e a exploração humana da sociedade inglesa e isso formou um círculo vicioso, pois essa teoria serviu de pretexto para a sociedade inglesa se tornar ainda mais progressiva, competitiva e exploradora. Mas isso já aconteceu antes. Nos tempos antigos, povos guerreiros criavam deuses à sua própria imagem e semelhança, projetando nas divindades suas características. Povos guerreiros adoravam deuses da guerra e povos agrícolas adoravam deuses da fertilidade. E o fato dos povos guerreiros adorarem deuses da guerra os tornavam ainda mais beligerantes.

Assim, Darwin não teve nenhum insight original. Ele já conhecia as lendas gregas (e talvez de outros povos também), conhecia as teorias evolucionistas anteriores e tinha o modelo da sociedade inglesa para projetar na Natureza. Como todos ser humano, Darwin consciente ou inconscientemente estava procurando evidências para aquilo que ele queria acreditar, aquilo que ele já acreditava. Em vez de se perguntar SE havia alguma evidência para o evolucionismo, ele se perguntou QUAIS eram essas evidências, simplesmente pressupôs sua existência e as procurou. O cérebro humano é uma máquina de responder perguntas: quando uma pessoa faz uma pergunta com veemência o cérebro procura e apresenta uma resposta mesmo que tenha que inventar uma.