quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Análise do Evolucionismo - Parte 6 de 7

6- A DERRADEIRA MOTIVAÇÃO

A Teoria da Evolução tornou-se muito popular entre os intelectuais de forma incrivelmente rápida depois da publicação do livro de Darwin, antes mesmo de haver tempo suficiente para as evidências serem pesquisadas e as hipóteses testadas. Naquela época e desde então foi investido avidamente um esforço monumental em prová-la e quase nenhum em refutá-la, como deveria ser feito em uma Ciência autêntica e pura. Ao contrário, as tentativas de provar que o evolucionismo não possui genuína base científica vem sendo reprimidos dogmaticamente. É claro que existe algo mais envolvido.


Assim, existe uma derradeira motivação para se preferir acreditar na Teoria da Evolução que poucos evolucionistas admitiriam: o desejo de se ver livre de responsabilidade perante um Poder Superior. Muitas pessoas na época de Darwin não queriam essa responsabilidade, mas não tinham argumentos contra ela. Assim, quando Darwin apresentou sua versão aparentemente científica do evolucionismo, ele estava dizendo exatamente o que essas pessoas queriam ouvir.

No século 19 o conhecimento científico avançava cada vez mais, produzindo novas tecnologias que revolucionavam a vida das pessoas de formas nunca sequer imaginadas. A Ciência enchia a Humanidade de presentes inovadores e prometia muito mais. Em contraste, a Religião parecia retrógrada e obstruidora do progresso. Entre o Cientificismo e a Religião tradicional, muitos (em especial nas elites sócio-econômicas) preferiam a Cientificismo. Muitos líderes perceberam isso e procuraram adaptar indiscriminadamente suas crenças às teorias científicas, minando ainda mais o respeito pela Bíblia.

No século 19 muitos também queriam uma justificativa para um grupo de pessoas dominar outros grupos mais fracos, impondo seu modo de pensar e viver e prosperando às custas do sofrimento destes. Queriam uma justificativa para o enriquecimento de uma minoria diante do empobrecimento da maioria, para as guerras militares e comerciais, para a segregação, para a luta de classes, para o egoísmo e a arrogância. Queriam uma justificativa para poderem fazer o que quisessem na busca de prazer e de poder, sem precisar prestar contas a ninguém nem ter remorsos. Queriam uma justificativa para a crença de que podiam continuar progredindo indefinidamente por conta própria.

Aldous Huxley declarou:
“Eu tinha motivos para não querer que o mundo tivesse sentido; conseqüentemente presumi que não tinha nenhum e pude sem dificuldade encontrar razões satisfatórias para esta pressuposição... Para mim mesmo, como sem dúvida para a maioria dos meus contemporâneos, a filosofia da futilidade era essencialmente um instrumento de libertação. A libertação que desejávamos era simplesmente a libertação de certo sistema político e econômico e a libertação de certo sistema de moralidade. Objetamos à moralidade porque interferia com nossa liberdade sexual.” Também escreveu: “Encontrar motivos péssimos para aquilo que se crê por outros motivos péssimos — isto é filosofia.”

Assim, a principal razão para os evolucionistas defenderem tanto sua crença é evitar a progressão lógica. Eles têm um compromisso com a filosofia materialista e a filosofia naturalista (a crença de que nada há além da matéria e da Natureza), que por sua vez os libera para uma série de atitudes e procedimentos.

O evolucionismo é o maior exemplo de todos os tempos da capacidade humana de acreditar naquilo que prefere que seja verdade, de buscar e selecionar provas e de formular teorias em cima de teorias neste sentido, de ignorar as evidências contrárias e tentar neutralizar e abafar sua divulgação.