quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Análise do Evolucionismo - Parte 5 de 7

5- OS CIENTISTAS SÃO SEMPRE OBJETIVOS?

Um fator importante para a aceitação do evolucionismo é o mito de que os cientistas são seres totalmente racionais, livres das tendenciosidades, subjetividades e outras limitações das pessoas comuns. Todas as pessoas são emotivas, irracionais, tendenciosas, falíveis, todas as pessoas exceto os cientistas, essa elite agraciada com uma sobre-humana capacidade de percepção e processamento mental de informações.


É comum livros que criticam a religião apresentarem explicações sobre como a mente humana funciona e como ela pode falhar em seu processo de percepção. Essa informação de modo geral é correta em si mesma, mas do jeito que apresentam pode dar a impressão que essa falibilidade humana se aplica somente aos não-cientistas.

Porém, os cientistas são seres humanos como todos os outros, suscetíveis aos estímulos externos da pressão social e aos estímulos internos de seus próprios desejos e preferências, dotados de uma percepção falível e tendenciosa, produtos de sua época e contexto sócio-cultural e econômico. Como todos os outros seres humanos, os cientistas também possuem ambições e temores. É comum um cientista se apegar a uma tese querida e às vezes acontecem fraudes deliberadas. Também existe toda uma indústria financiando as pesquisas científicas, centenas de milhões de dólares estão envolvidos.

Os prêmios (reconhecimento dos colegas, recursos e oportunidades, fama entre os leigos) vão somente para aqueles que endossam o paradigma dominante do evolucionismo. Um cientista iniciante que discorde abertamente da Evolução está colocando em grande risco sua carreira e ele sabe disso, então é melhor introjetar logo essa crença em sua mente para receber a aprovação geral. Para promoverem suas carreiras, precisam se comprometer com o evolucionismo, ensiná-lo e defendê-lo abertamente (o que inclui a supressão das críticas e o uso de sofismas), apegar-se a dados insuficientes ou mesmo errados que apóiam aquilo que eles querem acreditar, apresentar especulações e conjecturas como se fossem fatos comprovados e omitir ou reinterpretar evidências contrárias aos dogmas impostos.

Somente um cientista veterano e consolidado poderia declarar que discorda do evolucionismo sem grandes conseqüências contra ele, pois isso seria tolerado como “mera excentricidade de um cientista que em geral é muito inteligente”. Mas quantos cientistas veteranos vão discordar do evolucionismo depois de décadas, vidas inteiras, integrando essa crença ao seu modo de pensar e alicerçando todas suas teorias nela?

Os cientistas sempre se orgulharam de sua objetividade, mas eles caíram no mesmo modo de pensar dogmático e tacanho que tanto repudiam e criticam. Os seres humanos que são cientistas são tão limitados, tendenciosos e contingenciais quanto os outros. Podem ser tão cegados pelo orgulho, medo, preconceito e outras emoções quanto os líderes religiosos mais radicais. Precisam tomar o mesmo cuidado que todos nós. Mas o fato de quererem que o evolucionismo seja verdadeiro não o torna verdadeiro.